Publicado por: gfrochao | Agosto 7, 2013

Festival Regional de Folclore (48 Horas a Bailar) – 2013

Hoje convidamos a ver a nossa atuação no Festival Regional de Folclore realizado no passado dia 21-07-2013.

Baile de Cócoras

 

Hoje convidamos a reviver o nosso festival no Ano de 1999

Abertura

2ª Parte

3ª Parte

4ª Parte

Publicado por: gfrochao | Julho 28, 2013

X NATIONAL FESTIVAL VIII INTERNATIONAL FOLKLORE ROCHÃO 2013

Cartaz Final - EN

Cartaz Final - PT

Publicado por: gfrochao | Julho 22, 2013

48 Horas a Bailar

Decorreu ao longo do dia de ontem o festival 48 horas a bailar, aqui fica algumas das nossas fotos cedidas gentilmente pelo nosso amigo Marcelino Teles.

Convidamos a visitar o site http://www.naminhaterra.com/ e visualizar os vídeos do festival disponíveis na pasta arquivo, o Grupo de Folclore do Rochão está inserido no vídeo do desfile e também no video com a designação Grupo de Folclore Romarias a partir do minuto 11:20.

Não queríamos de deixar de agradecer todo o apoio que recebemos do público ontem no festival 48 horas a bailar, todo este apoio dá-nos força para continuar a trabalhar e levar o folclore madeirense por este mundo! Muito Obrigado
Publicado por: gfrochao | Julho 19, 2013

Garrafão empalhado a vime

A ilha da Madeira, descoberta em 1419 por João Gonçalves Zarco, Bartolomeu Perestrelo e Tristão Vaz Teixeira, vinte e cinco anos depois já produzia bom vinho, pois o navegador veneziano Cadamosto, ao passar por lá em 1445, ao serviço do Infante D. Henrique, provou o Malvasia e achou-o muito bom.

Nos terrenos saibrosos e virgens da ilha a casta de uva «Malvazia» frutificou admiravelmente e produziu o vinho que, segundo o escritor micaelense, Gaspar Frutuoso, que em 1590 publicou o livro SAUDADES DA TERRA, «é o melhor que se acha no universo e se leva para a Índia e outras partes do mundo».

A ilha da Madeira ficou famosa por esta preciosidade, cobiçada por reis, príncipes e nobres, que mereceu ser citada por grandes nomes da literatura mundial.

A Camacha, sendo uma freguesia do interior da ilha, não oferece condições climatéricas para a exploração da cultura vitivinícola; contudo, o vinho sempre foi companheiro assíduo das vivências do nosso povo, quer nas fainas agrícolas , quer nas Festas e Romarias ou até nos períodos ou ciclos festivos, como é o caso da Festa (Natal); Espírito Santo; Santos Populares, entre outros.

IMG_0273Devido a esta contingência, a nossa preocupação incidiu, grosso modo, em indagarmo-nos qual seria a relação etnográfica mais próxima com a cultura do vinho? e a resposta, inexoravelmente, teria de estar naquilo que somos exímios obreiros – a obra de vime! e, neste particular, aquilo que se coaduna mais com o vinho são os garafões empalhados a vime.

Fomos, assim, entrevistar um dos poucos mestres qua ainda trabalham na arte dos vimes, no Rochão. De seu nome, José de Sousa Vieira Cardoso – 63 anos, natural do Rochão, filho de António Vieira Cardoso e Maria de sousa Barreto, Saiu da escola com 11 anos, e, desde então, começou a trabalhar na obra dos vimes, interrompendo somente quando foi à tropa.

O entrevistado começou por nos falar das fases do empalhamento do garrafão, a saber:

1ª fase: escolher o vime mais miúdo, deitar o vime na água de molho durante uma hora, depois deixar de um dia para o outro, para o vime ficar mais macio;

2ª fase: “agarramos numa gavela e amarramos com uma liaça e começamos a fazer a trança em vimes”, seguido do empalhamento do garrafão. Este processo vai até à base do garrafão;

3ª fase:  a base do garrafão é feita à parte, havia uma base em madeira que o entrevistado chama de “fica pé”, com um molde redondo, era entrelaçada o fundo do garrafão; colocado na base do garrafão e amarrando em forma de trança todos os vimes que vêm do “gargalo”;

4ª fase:  Asa – é torcido um vime entrelaçado com outro da mesma forma, dando aspeto de corda, é preso no gargalo do garrafão e na lateral.

IMG_0314Os utensílios utilizados para o empalhamento do garrafão eram basicamente os seguintes: navalha- aguçar o vime;  podão – mondar;  passador – furar para arrematar e, finalmente, a massa – bater o vime, todos estes utensílios eram usados na obra de vimes em geral.

Disse-nos ainda o informador que “estes garrafões, de tamanhos diferentes  (5, 10, 25 litros), eram usados pelas pessoas para guardar o vinho, na época do Natal (Festa), nas sementeiras, na chamusca”,etc.

Era muito comum e frequente (pelo menos duas vezes ao ano) virem borracheiros do Norte da ilha, sempre acompanhados do seu búzio, a fim de aprovisionarem as tabernas do Rochão e não eram poucas, segundo apuramos eram estas as tabernas à cerca de 60 ou mais anos: Portela;  Gregório;  José Barreto;  Canadinha;  São Martinho; João Junior; Rajão; João Rodrigues; Venda de Joaquim da Mota (Inferno) e taberna da ti Laranja, situada nas Figueirinhas, na parte mais alta do Rochão. O ambiente destas tabernas era deveras curioso, sendo que em muitos casos estas tabernas eram partilhadas pelas merciarias: os homens apenas ficavam nas tabernas e as mulheres nas merciarias – não sendo permetidas  quaisquer tipo de “misturas”. Muitas vezes, os homens permaneciam até longas horas, ora cantando o charamba, ora jogando à bisca ou até, em certos casos, jogando o “Jogo do Pau”, muito usual entre os pastores do Rochão e Ribeiro Serrão, e o vinho, era sempre um fiel companheiro destas folganças.

Segundo alguns relatos do Sr. Abel Gouveia, este lembra-se dos borracheiros, após fazerem as contas nas vendas e, já embriagados, no regresso a casa, acabarem por se envolverem em desacatas brigas, e até partiam as varas de conde que os acompanhavam no transporte dos borrachos com vinho.

Recolha: Alexandre Rodrigues, Ricardo Baptista

Texto: Alexandre Rodrigues

Fotos: Délio Góis

Publicado por: gfrochao | Julho 6, 2013

Festa Nossa Senhora do Carmo – Paróquia do Rochão

Publicado por: gfrochao | Julho 4, 2013

Video Reportagem da Festa de São João da Eira da Cruz

GFR – Animação na Eira da Cruz

 

GFR – Marcha de São João

 

GFR – Marcha da Casa do Povo do Monte

 

GFR – Despique da Romaria

 

GFR – Cantiga da Ceifa da erva

 

D. Rosa e o seu Fado

 

GFR – Despique

 

GFR – Encerramento do Arraial de São João

 

Publicado por: gfrochao | Junho 25, 2013

Festa São da Eira da Cruz

A FONTE DA EIRA DA CRUZ POR OCASIÃO DE SÃO JOÃO

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As fontes, durante vários séculos, foram um importante busílis da vida sócio-cultural dos nossos antepassados. De facto, grande parte da população, não tendo água para consumo próprio, socorria-se dos beneplácitos, concedidos a título de benfeitoria, por aqueles que, tendo água em abundância, cediam generosamente uma parcela dessa mesmo água, para abastecer as referidas fontes.
A fonte era uma espécie de Àgora (praça pública), onde se trocavam olhares, imiscuídos pelo desejo de namoriscar a moça, que vai à Fonte buscar água, ou até para conspirar sobre a vida alheia, aquilo a que o nosso povo designa de bilhardice.
Entre o Rochão e as Figueirinhas situa-se um local, denominado de Eira da Cruz. É precisamente neste lugar que, na primeira metade do séc XX:. se ergueu uma fonte para abastecer as populações locais carenciadas de água. A água proveniente da Ribeiroboieiros(leia-se Ribeiro do Boieiro)foi dividida, sendo uma parte para os heréus (herdeiros) e uma pena dessa divisão para a fonte da Eira da Cruz.


Por ocasião do São João, esta fonte era enfeitada com pompa e circunstância: um acto votivo de religiosidade, onde se exorta esse bem vital que é a água, sob a mecena do divino. Trata-se de uma simbiose entre os elementos naturais, água e fogo e o transcendente – uma tradição arreigada nos povos pagãos e que, com o cristianismo, se associou à figura de São João Baptista, por ser o percursor do Messias e, portanto, o anúncio do verdadeiro lume da fé.
No dia 23 de Junho, véspera de São João, reuniam-se novos e velhos e, em ranchos, iam recolher os lampas para São João, sendo as mais vulgares: murta. louro bento, alecrim, fetos bravos, palmos de São João, rosas de São José, malmequeres e outras flores do época, a fim de embelezarem a fonte.
Com varas de eucalipto ou verga de vime, o arco grande destinava-se a cobrir o poço e o pequeno a fonte . Primeiro colocavam a verdura e depois os flores, que ornamentavam com o seu colorido a verdura, conferindo à fonte um aspecto majestoso de sublime encanto.


Após o enfeitamento da fonte e com o crepúsculo a avisar a chegado da noite lampa, era tempo de preparar a fogueira a fim de se proceder, em tom de ritual, a hábitos tão ancestrais, ainda preservados na memória popular, como é o saltar à fogueira – uma exortação do almo purificado pelas labaredas do fogo. Era ver rapazes e raparigas, novas e velhos, todos em grande entusiasmo a saltar à fogueira e, em grandes fitas diziam: “A folha do castanheiro, amarela cai no chão, vamos dar uma viva a São João.’ Efusivamente todos respondiam, `viva ‘.


Mas a folia não acabava aqui, pois juntavam-se os tocodores de rajão. braguinha. viola de arame e de concertina e, ao som do bailinho, a fogueira tinha outro calor. Outros preferiam os jogos tradicionais, tais como: o jogo do anel, as prendas, o jogo do ramalhete, o jogo da manhã, entre outros. Era uma forma de aproximação física para os namorados, um pretexto abençoado para o amor. Maria Madalena, conhecida por Maria do batoque, disse-nos que , em moça. também participava no São João do Eira da Cruz e, tal como as raparigas do seu tempo, tinha nas sortes de São João uma enorme crença. Isabel de João do Eira, referiu urna praxe peculiar na noite de S. João: as partidas, “era um inferno”, pois, durante a noite e, após as folias da fonte, era frequente roubarem os vasos de flores e colocarem junto da fonte ou até à porta dos vizinhos o que provocava grande indignação e revolta nos pouco dados a estas andanças.

Colectores: Alexandre Rodrigues e Ricardo Baptista

Publicado por: gfrochao | Junho 12, 2013

3ª Fase – Preparação do Festival 2013

O Grupo de Folclore do Rochão continua a preparar o seu X FESTIVAL NACIONAL VIII INTERNACIONAL DE FOLCLORE ROCHÃO, no passado dia 1 de Junho começamos a terceira fase, este ano temos como tema “Artes e Ofícios” (Bordado, Vime, Pastor, Florista).

Dia 10 de Agosto venha até ao largo Achada e assista ao nosso Festival este ano inserido no Art’Camacha 2013.

 

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